quarta-feira, 6 de maio de 2009

fadas



COSTUMES DAS FADAS



Desde tempo imemorial, o homem manteve relações ambivalentes com o Reino das Fadas, já sabemos que é indiscutível que o contato feérico pode ser benéfico, mas a mesma probabilidade existe de ser funesto.

Em todas as partes onde há crença sobre as fadas se é estabelecido sempre uma distinção entre as fadas boas e as fadas más.

A CORTE BENDITA

Esse á o nome dado a hoste das fadas bondosas. Menciona-se em primeiro lugar suas atividades puramente benévolas, tais como a doação de pão e sementes de trigo aos pobres e a ajuda que prestam aos seus preferidos. As fadas se mostram benéficas para todo aquele que lhe prestar um favor.

Uma história contada por Grant Stewart ilustra esse aspecto:

"Uma pobre mulher, deu a uma fada que lhe pediu uma certa quantidade de farinha. A farinha lhe foi devolvida e durante todo a inverno a lata de farinha da mulher nunca esteve vazia".

Entretanto, inclusive a Corte Bendita se vingava de qualquer ataque ou insulto. As pessoas que esvaziavam água suja em suas moradas subterrâneas eram advertidas lealmente, porém se não fizesse caso do aviso, sofriam um castigo, que podia consistir na perda de um ganho ou na destruição de sua casa. Outras ofensas recebiam um castigo adequado, porém os humanos não eram atacados cruelmente, como ocorria com a Corte Maldita.



A CORTE MALDITA

Os membros da Corte Bendita, podem ser terríveis quando ofendidos, porém a Corte Maldita, em nenhuma circunstância são favoráveis a humanidade.

A Corte Maldita compreende a "Sluagh", a hoste dos mortos que não tinham recebido sacramentos e flutuam sobre a terra, arrebatando os mortais indefesos trazendo-lhes muita desgraça. Há autores que os consideram como anjos caídos. Esses espíritos matam cachorros, gatos, ovelhas e vacas com seus infalíveis dardos venenosos.

Também eram atribuídas a essas fadas más outras indisposições humanas como o reumatismo, as cãibras e as contusões, como feitiços das fadas, como castigo por ser agido em seu desagrado.

A paralisia não era vista como uma enfermidade para o homem do campo, mas sim como uma prova de que uma "criança trocada" havia substituído a criança verdadeira. Já Bovet, se atribuía a paralisia a presença invisível de um "Mercado das Hadas". Um viajante noturno viu esse mercado em Blackdown, Somerset, e chegou com seu cavalo para vê-los mais de perto. Quando aproximou-se dele, o mercado desapareceu, porém o cavaleiro sentiu um pressão em todo o corpo, e quando a pressão passou, sentiu um entumecimento, em todo um lado do corpo e ficou paralisado para o resto de sua vida.

A paralisia infantil, a cólera, a tuberculose, deformidades em geral e muitas outras doenças, segundo a crença popular da época, eram produzidas pelos ataques dos elfos. Ao que parece, Shakesapeare aprovava esse crença pois dizia:

"Tu, marcado pelos elfos, porco devastador e deforme..."

Entre outros conhecidos embaraços causados pelos seres fantásticos figura o desaparecimento de objetos no interior de nossas casas.

Existe inclusive um gênero de duende, chamado de Alp-Luachra pelos irlandeses que foi apelidado de "Comensal", que permanece sentado e invisível junto de sua vítima e comparte com ele seus alimentos, nutrindo-se da essência ou quintaessencia do que o homem come, por isso que esse segue magro como uma graça, não obstante seu apetite devorador.

William Hendersom em suas "Notes on Folk-Lore of the Northen Counties of England and the Borders" (1879), também nos conta como o "Kow" adorava perturbar a vida no campo, pois se dizia que imitava constantemente a voz dos apaixonados das moças e assustar os que a noite iam passear.



FADAS SOLITÁRIAS

Por regra geral, as fadas solitárias são seres malignos. Uma exceção é o "Brownie" e suas variantes, embora haja alguns grupos familiares entre os bownies, Meg Moulach com seu filho Borwnie-Clod são bem sinistros.

As fadas solitárias, a maioria das vezes, aparecem vestidas da cor vermelha, enquanto que as que vivem em grupos chegam de verde.

A lista das fadas solitárias inclui o Lepracaun, outro exemplo de espírito separado da humanidade.

A estreita ligação do Mundo das Fadas com as plantas, é explicado através das pragas que as vezes destroem uma colheita inteira. É bem provável que essas devastações sejam castigo de alguma transgressão humana.



MORALIDADE DAS FADAS



A atitude das fadas em relação aos humanos têm uma inclinação extremamente moralista. Contam que, no que a elas se refere, ditam elevadas normas de ordem para os lares humanos a serem visitados, enquanto que proíbem a existência dos olhos humanos quando o fazem. Elas castigam todo e qualquer intento de espiá-las ou qualquer tipo de violação de sua intimidade.

As fadas gostam de seres humanos alegres e generosos e sentem especial simpatia pelos apaixonados. A falta de generosidade, rudez e o egoísmo, desagradam muito as fadas populares. Também lhes desagradam os indivíduos sombrios.

As fadas da colina Irlandesa amam com paixão a beleza e o luxo e sentem absoluto deprecio pela avareza e a economia. Em suas "Leyendas antigas de Irlanda", Lady Wilde abomina abomina de mão fechada e pão-duro todo aquele que recolhe até o último grão e arranca até a última fruta da árvore, sem deixar nada para os espíritos que vagam à luz da lua.

Um dos traços mais notáveis das fadas é seu grande interesse pela limpeza e costumes ordenados. Esperam encontrar as chaminés que visitam bem varridas, um bom fogo, água clara e fresca para beber e banhar seus bebês, leite, pão e queijo.

A honradez e o cumprimento das promessas, são sempre motivo de respeito, assim como a formalidade e a bondade são recompensados com a boa sorte. Chambers nos conta em seu "Ppular Rhymes of Scotland", a história do "O Senhor de Colzean":

"Um dia o Senhor de Colzean Castle se dirigia para sua casa quando lhe acercou um homem com uma pequena vasilha pedindo um pouco de cerveja para sua mãe anciã, que estava enferma. O Senhor chamou seu mordomo e ordenou que enchesse a vasilha até as bordas. O empregado assim fez, porém esvaziou todo um barril e a vasilha encheu até a metade. O mordomo perplexo, mandou perguntar o que devia fazer. O Senhor disse:

-"Prometi encher a vasilha e a encherei, mesmo que para tanto tenha seja necessário toda a cerveja de minha bodega."

Sendo, assim, o mordomo abriu outro barril e só com uma gota a vasilha ficou cheia. O pobre homem agradeceu e desapareceu.

Anos mais tarde, o Senhor foi lutar nos Países Baixos e foi feito prisioneiro. Estava na prisão quando uma porta se abriu e apareceu um ser feérico, que o transportou até seu castelo."

Entretanto, todo aquele que recebe as graças das fadas, não deve falar delas, já que seu protocolo exige segredo. Por mais estranho que pareça, a conduta que se deve seguir para manter as relações amistosas com as "boas vizinhas", não só proíbe que se revele a ajuda ou os dons a outros mortais, senão também toda a expressão de agradecimento.

Um dos contos mais correntes dos tempos isabelinos até hoje é o dos mortais agraciados pelas fadas, que receberam dinheiro dessas, prometendo não revelar sua origem. Uma história dessas está registrada nos arquivos da "School of Ascottish Studies", como "Dinheiro feérico" e conta também Seán O'Súilleabhaín em "Folktales of Ireland". A intimidade das fadas deve ser respeitada inclusive pelos transeuntes. Em Ulster, o povo evita os caminhos feéricos, especialmente nos primeiros dias do trimestre, que são os dias em que fadas costumam mudar-se.

O regozijo, a alegria, a música, a dança e o bom companheirismo são coisas agradáveis para as fadas que podemos chamar de Corte Bendita.

Acredito nas fadas, não porque as tenha visto, mas porque elas são muito necessárias para que o mundo não se perca no pragmatismo e no cotidiano, que lentamente mata nossas fantasias e ilusões. São as fadas que nos fazem descobrir que também temos alma e ela faz parte de uma alma universal e ainda, nos fazem recordar que somos algo mais do que simplesmente máquinas de produzir e consumir.

Fadas











Alfabeto das Bruxas


















Alfabeto Das Bruxas

O Alfabeto Das Bruxas é uma escrita utilizada por algumas Bruxas como um alfabeto secreto. Este alfabeto também era chamado de a escrita do Theban.

O Alfabeto das Bruxas foi muito popular durante as décadas de 1960 e 1970, mas foi gradualmente reposta por Germânico e Céltica nos meados da década de 1980.
São poucas as tradições que ainda utilizam deste alfabeto.

Desejos





Dentro de nós existe um Mundo Mágico. Este Mundo pode ser contatado através de uma antiga técnica das bruxas.

A Escada Mágica. Pegue uma corda ou cordão e faça quarenta nós. Antes dormir passe os dedos pelos nós da corda e peça seu desejo. Faça isso por treze dias consecutivos.

Todo dia sete é mágico por excelência, aproveite este dia para fazer esse ritual muito curioso. Acenda sete incensos, cada um representando um desejo: o primeiro que acabar estará representando o desejo que primeiro irá se realizar. Na noite do dia 14 de Dezembro faça uma lista com todos os desejos que realizou durante o Ano. Conte quantos foram, enterre um grão para cada desejo realizado e agradeça à Deusa da Magia. Peça a renovação de sua fé para que no próximo Ano muitos outros grãos do desejo possam ser plantados. O dia de nosso aniversário é muito especial. Neste dia os portais se abrem para nós e todos os desejos sonhados se realizam mais facilmente. No seu aniversário acenda três velas da mesma cor e peça às criaturas da chama que levem seu desejo aos seres de luz. Faça isso a cada Ano. Se você deseja ganhar um presente do Destino, é preciso presenteá-lo também. Durante uma semana pratique boas ações, fazendo a cada dia algo em benefício de alguém. Faça-o de todo coração. No final de sete dias seu presente estará lhe esperando de alguma forma, em algum lugar. Numa noite estrelada, se debruce confortavelmente em sua janela e fechando os olhos gire seu dedo indicador na direção do céu. Abra-os então e observe para qual estrela seu dedo aponta. Essa é sua estrela da sorte, peça a ela a realização de um desejo muito antigo. Em seguida acenda uma vela laranja em agradecimento. Prepare a massa de um bolo (qualquer receita) e inclua nesse preparo muita imaginação. Enquanto mexe a mistura imagine seu desejo se manifestando e adquirindo forma. Prepare com carinho e leve ao forno. Este bolo representa a realização do seu desejo, se ele crescer satisfatoriamente, esteja certo de que seu desejo está por se realizar. A sorte é a semente de nossos desejos. é preciso saber plantá-la. Escolha um desejo, de preferência um daqueles que você persegue há tempos. Faça então um buraco em um jardim, formule seu desejo em palavras e, para cada palavra pronunciada, jogue uma semente de flor. Depois tampe o buraco e aguarde, você terá uma agradável surpresa. Retire três pétalas de uma rosa vermelha e deixe-as secar. Guarde as pétalas secas debaixo do seu travesseiro por sete dias. Utilize-as como talismãs por três vezes, cada pétala representando um desejo

Pratica de magia




A prática da magia é de origem antiga, sendo encontrada em todo o mundo. A magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade, para produzir os efeitos "sobrenaturais", provocar as respectivas mudanças e controlar os eventos da Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada para propósitos construtivos assim como destrutivos.A magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o carma retorna por três vezes para todas as pessoas pelos seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou mago utilizar a magia para causar danos a alguém.Como uma ferramenta da Arte Wicca, a forma antiga da palavra "magick" (em inglês, com k no final) é usada muitas vezes pelos Bruxos para distingui-la de "magic", que não pertence à Arte, mas sim ao teatro, ao truque com as mãos e à ilusão.A magia (magick) é uma ferramenta poderosa. É parte importante da Wicca, embora secundária na adoração à Deusa e ao Deus. Deve ser usada de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca deve ser utilizada para manipular a vontade ou as emoções de outra pessoa, e deve ser mantido sempre em mente o conselho wiccano: SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE A SUA VONTADE.Assim como existem várias tradições wiccanas diferentes, a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos americanos (também conhecida como xamanismo), o Vudu e muitas outras. A escolha da forma (ou formas) correta da magia a ser praticada depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou da tradição wiccana, embora vários Bruxos escolham praticar a magia folclórica de influência européia.A lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados durante a fase lunar apropriada. A lua crescente (período entre a lua nova durante o primeiro quarto até a lua cheia) é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza. A lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento ideal para realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos. A lua minguante (época entre a lua cheia durante o último quarto até a lua nova) é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos, reverter encantamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças.Resumindo, para realizar magia bem-sucedida deve-se estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psiquê. é importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade de aceitar a responsabilidade pelas suas próprias ações. é impossível obter magicamente resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou quantidades excessivas de álcool. Deve-se trabalhar durante a fase lunar apropriada, com convicção, concentração e visualização do resultado final.


Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich