quarta-feira, 6 de maio de 2009

fadas



COSTUMES DAS FADAS



Desde tempo imemorial, o homem manteve relações ambivalentes com o Reino das Fadas, já sabemos que é indiscutível que o contato feérico pode ser benéfico, mas a mesma probabilidade existe de ser funesto.

Em todas as partes onde há crença sobre as fadas se é estabelecido sempre uma distinção entre as fadas boas e as fadas más.

A CORTE BENDITA

Esse á o nome dado a hoste das fadas bondosas. Menciona-se em primeiro lugar suas atividades puramente benévolas, tais como a doação de pão e sementes de trigo aos pobres e a ajuda que prestam aos seus preferidos. As fadas se mostram benéficas para todo aquele que lhe prestar um favor.

Uma história contada por Grant Stewart ilustra esse aspecto:

"Uma pobre mulher, deu a uma fada que lhe pediu uma certa quantidade de farinha. A farinha lhe foi devolvida e durante todo a inverno a lata de farinha da mulher nunca esteve vazia".

Entretanto, inclusive a Corte Bendita se vingava de qualquer ataque ou insulto. As pessoas que esvaziavam água suja em suas moradas subterrâneas eram advertidas lealmente, porém se não fizesse caso do aviso, sofriam um castigo, que podia consistir na perda de um ganho ou na destruição de sua casa. Outras ofensas recebiam um castigo adequado, porém os humanos não eram atacados cruelmente, como ocorria com a Corte Maldita.



A CORTE MALDITA

Os membros da Corte Bendita, podem ser terríveis quando ofendidos, porém a Corte Maldita, em nenhuma circunstância são favoráveis a humanidade.

A Corte Maldita compreende a "Sluagh", a hoste dos mortos que não tinham recebido sacramentos e flutuam sobre a terra, arrebatando os mortais indefesos trazendo-lhes muita desgraça. Há autores que os consideram como anjos caídos. Esses espíritos matam cachorros, gatos, ovelhas e vacas com seus infalíveis dardos venenosos.

Também eram atribuídas a essas fadas más outras indisposições humanas como o reumatismo, as cãibras e as contusões, como feitiços das fadas, como castigo por ser agido em seu desagrado.

A paralisia não era vista como uma enfermidade para o homem do campo, mas sim como uma prova de que uma "criança trocada" havia substituído a criança verdadeira. Já Bovet, se atribuía a paralisia a presença invisível de um "Mercado das Hadas". Um viajante noturno viu esse mercado em Blackdown, Somerset, e chegou com seu cavalo para vê-los mais de perto. Quando aproximou-se dele, o mercado desapareceu, porém o cavaleiro sentiu um pressão em todo o corpo, e quando a pressão passou, sentiu um entumecimento, em todo um lado do corpo e ficou paralisado para o resto de sua vida.

A paralisia infantil, a cólera, a tuberculose, deformidades em geral e muitas outras doenças, segundo a crença popular da época, eram produzidas pelos ataques dos elfos. Ao que parece, Shakesapeare aprovava esse crença pois dizia:

"Tu, marcado pelos elfos, porco devastador e deforme..."

Entre outros conhecidos embaraços causados pelos seres fantásticos figura o desaparecimento de objetos no interior de nossas casas.

Existe inclusive um gênero de duende, chamado de Alp-Luachra pelos irlandeses que foi apelidado de "Comensal", que permanece sentado e invisível junto de sua vítima e comparte com ele seus alimentos, nutrindo-se da essência ou quintaessencia do que o homem come, por isso que esse segue magro como uma graça, não obstante seu apetite devorador.

William Hendersom em suas "Notes on Folk-Lore of the Northen Counties of England and the Borders" (1879), também nos conta como o "Kow" adorava perturbar a vida no campo, pois se dizia que imitava constantemente a voz dos apaixonados das moças e assustar os que a noite iam passear.



FADAS SOLITÁRIAS

Por regra geral, as fadas solitárias são seres malignos. Uma exceção é o "Brownie" e suas variantes, embora haja alguns grupos familiares entre os bownies, Meg Moulach com seu filho Borwnie-Clod são bem sinistros.

As fadas solitárias, a maioria das vezes, aparecem vestidas da cor vermelha, enquanto que as que vivem em grupos chegam de verde.

A lista das fadas solitárias inclui o Lepracaun, outro exemplo de espírito separado da humanidade.

A estreita ligação do Mundo das Fadas com as plantas, é explicado através das pragas que as vezes destroem uma colheita inteira. É bem provável que essas devastações sejam castigo de alguma transgressão humana.



MORALIDADE DAS FADAS



A atitude das fadas em relação aos humanos têm uma inclinação extremamente moralista. Contam que, no que a elas se refere, ditam elevadas normas de ordem para os lares humanos a serem visitados, enquanto que proíbem a existência dos olhos humanos quando o fazem. Elas castigam todo e qualquer intento de espiá-las ou qualquer tipo de violação de sua intimidade.

As fadas gostam de seres humanos alegres e generosos e sentem especial simpatia pelos apaixonados. A falta de generosidade, rudez e o egoísmo, desagradam muito as fadas populares. Também lhes desagradam os indivíduos sombrios.

As fadas da colina Irlandesa amam com paixão a beleza e o luxo e sentem absoluto deprecio pela avareza e a economia. Em suas "Leyendas antigas de Irlanda", Lady Wilde abomina abomina de mão fechada e pão-duro todo aquele que recolhe até o último grão e arranca até a última fruta da árvore, sem deixar nada para os espíritos que vagam à luz da lua.

Um dos traços mais notáveis das fadas é seu grande interesse pela limpeza e costumes ordenados. Esperam encontrar as chaminés que visitam bem varridas, um bom fogo, água clara e fresca para beber e banhar seus bebês, leite, pão e queijo.

A honradez e o cumprimento das promessas, são sempre motivo de respeito, assim como a formalidade e a bondade são recompensados com a boa sorte. Chambers nos conta em seu "Ppular Rhymes of Scotland", a história do "O Senhor de Colzean":

"Um dia o Senhor de Colzean Castle se dirigia para sua casa quando lhe acercou um homem com uma pequena vasilha pedindo um pouco de cerveja para sua mãe anciã, que estava enferma. O Senhor chamou seu mordomo e ordenou que enchesse a vasilha até as bordas. O empregado assim fez, porém esvaziou todo um barril e a vasilha encheu até a metade. O mordomo perplexo, mandou perguntar o que devia fazer. O Senhor disse:

-"Prometi encher a vasilha e a encherei, mesmo que para tanto tenha seja necessário toda a cerveja de minha bodega."

Sendo, assim, o mordomo abriu outro barril e só com uma gota a vasilha ficou cheia. O pobre homem agradeceu e desapareceu.

Anos mais tarde, o Senhor foi lutar nos Países Baixos e foi feito prisioneiro. Estava na prisão quando uma porta se abriu e apareceu um ser feérico, que o transportou até seu castelo."

Entretanto, todo aquele que recebe as graças das fadas, não deve falar delas, já que seu protocolo exige segredo. Por mais estranho que pareça, a conduta que se deve seguir para manter as relações amistosas com as "boas vizinhas", não só proíbe que se revele a ajuda ou os dons a outros mortais, senão também toda a expressão de agradecimento.

Um dos contos mais correntes dos tempos isabelinos até hoje é o dos mortais agraciados pelas fadas, que receberam dinheiro dessas, prometendo não revelar sua origem. Uma história dessas está registrada nos arquivos da "School of Ascottish Studies", como "Dinheiro feérico" e conta também Seán O'Súilleabhaín em "Folktales of Ireland". A intimidade das fadas deve ser respeitada inclusive pelos transeuntes. Em Ulster, o povo evita os caminhos feéricos, especialmente nos primeiros dias do trimestre, que são os dias em que fadas costumam mudar-se.

O regozijo, a alegria, a música, a dança e o bom companheirismo são coisas agradáveis para as fadas que podemos chamar de Corte Bendita.

Acredito nas fadas, não porque as tenha visto, mas porque elas são muito necessárias para que o mundo não se perca no pragmatismo e no cotidiano, que lentamente mata nossas fantasias e ilusões. São as fadas que nos fazem descobrir que também temos alma e ela faz parte de uma alma universal e ainda, nos fazem recordar que somos algo mais do que simplesmente máquinas de produzir e consumir.

Fadas











Alfabeto das Bruxas


















Alfabeto Das Bruxas

O Alfabeto Das Bruxas é uma escrita utilizada por algumas Bruxas como um alfabeto secreto. Este alfabeto também era chamado de a escrita do Theban.

O Alfabeto das Bruxas foi muito popular durante as décadas de 1960 e 1970, mas foi gradualmente reposta por Germânico e Céltica nos meados da década de 1980.
São poucas as tradições que ainda utilizam deste alfabeto.

Desejos





Dentro de nós existe um Mundo Mágico. Este Mundo pode ser contatado através de uma antiga técnica das bruxas.

A Escada Mágica. Pegue uma corda ou cordão e faça quarenta nós. Antes dormir passe os dedos pelos nós da corda e peça seu desejo. Faça isso por treze dias consecutivos.

Todo dia sete é mágico por excelência, aproveite este dia para fazer esse ritual muito curioso. Acenda sete incensos, cada um representando um desejo: o primeiro que acabar estará representando o desejo que primeiro irá se realizar. Na noite do dia 14 de Dezembro faça uma lista com todos os desejos que realizou durante o Ano. Conte quantos foram, enterre um grão para cada desejo realizado e agradeça à Deusa da Magia. Peça a renovação de sua fé para que no próximo Ano muitos outros grãos do desejo possam ser plantados. O dia de nosso aniversário é muito especial. Neste dia os portais se abrem para nós e todos os desejos sonhados se realizam mais facilmente. No seu aniversário acenda três velas da mesma cor e peça às criaturas da chama que levem seu desejo aos seres de luz. Faça isso a cada Ano. Se você deseja ganhar um presente do Destino, é preciso presenteá-lo também. Durante uma semana pratique boas ações, fazendo a cada dia algo em benefício de alguém. Faça-o de todo coração. No final de sete dias seu presente estará lhe esperando de alguma forma, em algum lugar. Numa noite estrelada, se debruce confortavelmente em sua janela e fechando os olhos gire seu dedo indicador na direção do céu. Abra-os então e observe para qual estrela seu dedo aponta. Essa é sua estrela da sorte, peça a ela a realização de um desejo muito antigo. Em seguida acenda uma vela laranja em agradecimento. Prepare a massa de um bolo (qualquer receita) e inclua nesse preparo muita imaginação. Enquanto mexe a mistura imagine seu desejo se manifestando e adquirindo forma. Prepare com carinho e leve ao forno. Este bolo representa a realização do seu desejo, se ele crescer satisfatoriamente, esteja certo de que seu desejo está por se realizar. A sorte é a semente de nossos desejos. é preciso saber plantá-la. Escolha um desejo, de preferência um daqueles que você persegue há tempos. Faça então um buraco em um jardim, formule seu desejo em palavras e, para cada palavra pronunciada, jogue uma semente de flor. Depois tampe o buraco e aguarde, você terá uma agradável surpresa. Retire três pétalas de uma rosa vermelha e deixe-as secar. Guarde as pétalas secas debaixo do seu travesseiro por sete dias. Utilize-as como talismãs por três vezes, cada pétala representando um desejo

Pratica de magia




A prática da magia é de origem antiga, sendo encontrada em todo o mundo. A magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade, para produzir os efeitos "sobrenaturais", provocar as respectivas mudanças e controlar os eventos da Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada para propósitos construtivos assim como destrutivos.A magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o carma retorna por três vezes para todas as pessoas pelos seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou mago utilizar a magia para causar danos a alguém.Como uma ferramenta da Arte Wicca, a forma antiga da palavra "magick" (em inglês, com k no final) é usada muitas vezes pelos Bruxos para distingui-la de "magic", que não pertence à Arte, mas sim ao teatro, ao truque com as mãos e à ilusão.A magia (magick) é uma ferramenta poderosa. É parte importante da Wicca, embora secundária na adoração à Deusa e ao Deus. Deve ser usada de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca deve ser utilizada para manipular a vontade ou as emoções de outra pessoa, e deve ser mantido sempre em mente o conselho wiccano: SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE A SUA VONTADE.Assim como existem várias tradições wiccanas diferentes, a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos americanos (também conhecida como xamanismo), o Vudu e muitas outras. A escolha da forma (ou formas) correta da magia a ser praticada depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou da tradição wiccana, embora vários Bruxos escolham praticar a magia folclórica de influência européia.A lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados durante a fase lunar apropriada. A lua crescente (período entre a lua nova durante o primeiro quarto até a lua cheia) é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza. A lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento ideal para realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos. A lua minguante (época entre a lua cheia durante o último quarto até a lua nova) é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos, reverter encantamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças.Resumindo, para realizar magia bem-sucedida deve-se estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psiquê. é importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade de aceitar a responsabilidade pelas suas próprias ações. é impossível obter magicamente resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou quantidades excessivas de álcool. Deve-se trabalhar durante a fase lunar apropriada, com convicção, concentração e visualização do resultado final.


Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

segunda-feira, 2 de março de 2009



Circe, figura legendária da mitologia grega, é retratada como filha de Hélio, deus-sol e da ninfa Pérsia. Por ter envenenado seu marido, o rei dos sármatas, que habitava o Cáucaso, foi obrigada a exilar-se na ilha de Eana, localizada no litoral oeste da Itália.
O nome da ilha"Eana", se traduz como "prantear" e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Esta luz, identificava Circe, como a "Deusa da Morte". Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois assim como estes, ela circundava suas vítimas para depois enfeitiçá-las.
O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma.
Antigos escritores gregos citavam-na como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos.
Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões.
CIRCE E ULISSES

No decurso das suas perambulações, o herói Ulisses (personagem épico da "Odisséia, de Homero") e sua tripulação desesperada, desembarcam na praia da ilha de Eana, onde vivia Circe, a filha do Sol.
Ao desembarcar, Ulisses subiu a um morro e, olhando em torno não viu sinais de habitação, a não ser um ponto no centro da ilha, onde avistou um palácio rodeado de árvores.
Ulisses envia à terra 23 homens, chefiados por Eurícolo, para verificar com que hospitalidade poderiam contar. Ao se aproximarem do palácio, os gregos viram-se rodeados de leões, tigres e lobos, não ferozes mas domados pela arte de Circe, que era uma poderosa feiticeira. Todos esses animais tinham sido homens e haviam sido transformados em feras pelos seus encantamentos.
Do lado de dentro do palácio vinham os sons de uma música suave e de uma bela voz de mulher que cantava. Euríloco, chamou-a em voz alta, e a Deusa apareceu e convidou os recém-chegados a entrar, o que fizeram, de boa vontade, exceto Euríloco, que desconfiou do perigo. A Deusa fez seus convivas se assentarem e serviu-lhes vinho e iguarias. Quando haviam se divertido à farta, ela lhes tocou com uma varinha de condão e eles imediatamente se transformaram em porcos, com "a cabeça, o corpo, a voz e as cerdas" de porco, embora conservando a inteligência de homem.
Euríloco apressou-se em voltar ao navio e contar o que vira. Ulisses, então, resolveu ir ele próprio tentar a libertação dos companheiros. Enquanto se encaminhava para o palácio, encontrou-se com um jovem que a ele se dirigiu familiarmente, mostrando estar a par de suas aventuras. Revelou que era Mercúrio e informou Ulisses acerta das artes de Circe e do perigo de aproximar-se dela. Como Ulisses não desistiu de seu intento, Mercúrio deu-lhe um broto de uma planta chamada "Moli", dotada de enorme poder para resistir às bruxarias, e ensinou-lhe o que deveria fazer.
Ulisses prosseguiu seu caminho e, chegando ao palácio, foi cortesmente recebido por Circe, que o obsequiou como fizera com seus companheiros, e, depois que ele havia comido e bebido, tocou-lhe com sua varinha de condão, dizendo:
-"Ei! procura teu chiqueiro e vai espojar com teus amigos".
Em vez de obedecer, porém, Ulisses desembainhou a espada e investiu furioso contra a Deusa, que caiu de joelhos, implorando clemência.
Ulisses ditou-lhe uma fórmula de juramento solene de que libertaria seus companheiros e não cometeria novas atrocidades contra eles ou contra o próprio Ulisses. Circe repetiu o juramento, prometendo, ao mesmo tempo, deixar que todos partissem são e salvos, depois de os haver entretido hospitaleiramente.
Cumpriu a palavra. Os homens readquiriram suas formas, o resto da tripulação foi chamado da praia e todos magnificamente tratados durante tantos dias, que Ulisses pareceu haver-se esquecido da pátria e ter-se resignado àquela inglória vida de ócio e prazer.
Afinal seus companheiros apelaram para os seus sentimentos mais nobres, e ele recebeu de boa vontade a censura. Circe ajudou nos preparativos para a partida e ensinou aos marinheiros o que deveriam fazer para passar sãos e salvos pela costa da Ilha das Sereias. As sereias eram ninfas marinhas que tinham o poder de enfeitiçar com seu canto todos quantos as ouvissem, de modo que os infortunados marinheiros sentiam-se irresistivelmente impelidos a se atirar ao mar onde encontravam a morte.
Circe aconselhou Ulisses a cobrir com cera os ouvidos dos seus marinheiros, de modo que eles não pudesses ouvir o canto, e a amarrar-se a si mesmo no mastro dando instruções a seus homens para não libertá-lo, fosse o que fosse que ele dissesse ou fizesse, até terem passado pela Ilha das Sereias.
No poema "Endimião", do poeta Keats, podemos ter uma idéia do que se passava no pensamento dos homens que eram transformados em animais pela feiticeira Circe. Esses versos abaixo teriam sido ditos por um monarca que tinha sido transformado em elefante pela Deusa:
"Não lamento a coroa que perdi,
A falange que outrora comandei
E a esposa, ou viúva, que deixei.
Não lamento, saudoso, minha vida.
Filhos e filhas, na mansão querida,
Tudo isso esqueci, as alegrias
Terrenas olvidei dos velhos dias.
Outro desejo vem, muito mais forte.
Só aspiro, só peço a própria morte.
Livrai-me desse corpo abominável.
Libertai-me da vida miserável.
Piedade Circe! Morrer e tão-somente!
Sede, deusa gentil, sede clemente!

Princípio Feminino

A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o útero de Toda Criação. é associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. é o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal.


Princípio Masculino

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.

A Roda do Ano




Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.Em Yule, a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, o Rei das sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do sol, que deverá nascer para restaurar a Natureza.Em Candlemas, a luz cresce, o Deus nascido em

Yule se manifesta com todo seu vigor, e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada, pois os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se a esperança.

Em Ostara, luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus é a promessa do crescimento e da fertilidade.

Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador alado. Ao ser perseguida pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher, e assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo.

Chega então Litha, a Deusa é a Rainha do Verão e o Deus, um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a seguir rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.

Em lammas, a Deusa dá a luz e o Deus novamente morre pela Deusa. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida, mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância, ele retira através Dela.

Em Mabon, as luzes e as trevas se equilibram novamente; porém o Sol começa a minguar mais rapidamente. O Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras.

Chega novamente Samhain e então o ciclo recomeça, e assim tudo retorna à Deusa. Assim sempre foi e será!

A Mesopotâmia Antiga










Mesopotâmia Antiga, grego para Terra entre Rios, termo que envolve as culturas da Suméria, Babilônia e Assíria, local onde surgiu, podemos assim dizer, uma das mais vibrantes das grandes civilizações da Antigüidade. Estes povos souberam, mais que quaisquer outros de seus contemporâneos, aliar a paixão pela vida, a ciência e tecnologia a uma visão mística do universo. Aqui estão dados sobre história, mitologia, religião, práticas antigas e modernas centradas na tradição mesopotâmica, baseados em fontes do cuneiforme e da Assiriologia contemporânea. Esta página visa honrar a sabedoria daqueles que inventaram a escrita, os fundamentos da astronomia e astrologia, o sistema sexagesimal para contar as horas, minutos e segundos, e talvez até mesmo os protótipos para a Cabala, o sistema esotérico sobre o qual se fundamentam os ensinamentos das grandes tradições místicas ocidentais, e Alquimia.


O CRESCENTE FÉRTIL - ONDE TUDO COMEÇCOU


O CRESCENTE FÉRTIL constituía-se numa região do Antigo Oriente excelente para agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo. O Crescente Fértil começa na Costa Leste do Mar Mediterrâneo , tomando a forma de uma meia-lua, avançando na direção do Golfo Pérsico. Algumas das terras mais ricas do Crescente Fértil situvam-se na faixa estreita entre os rios Tigre e Eufrates, que os gregos chamavam e "terra entre rios". As primeiras civilizações fundamentalmente urbanas de que temos conhecimento e registros históricos surgiram nesta região.

CIVILIZAÇÃO
Existem muitas definições de civilização, mas muitos estudiosos concordam que quando uma sociedade começa a formar cidades, esta sociedade se transforma numa civilização. A maior parte das civilizações têm os seguintes elementos em comum, sendo que todos estes estão presentes na Mesopotâmia:
Excesso de alimentos - onde há excesso de alimentos, os povos começam a desenvolver outras necessidades. O surgimento da agricultura irrigada na Mesopotâmia possibilitou o excesso na produção e consumo de alimentos. Veja Das Cavernas à Agricultura Irrigada, na seção de História da Mesopotâmia;
Divisão do Trabalho - quando todos têm uma ocupação, todos tendem a fazer muito bem aquele trabalho específico. Também há chances de que estas pessoas escolham algo que realmente gostam de fazer. A agricultura irrigada exigia trabalho em conjunto na construção de canais de irrigação, plantio e colheita, por exemplo. A irrigação, portanto, funcionou como um grande catalisador de mudanças em todos os níveis (a Revolução Agrícola)..
Governo e religião organizados - quando as pessoas compartilham as mesmas leis, é mais fácil praticar o comércio. Pessoas que têm o mesmo governo e a mesma religião provavelmente também compartilham os mesmos valores e querem crescer juntas. Veja a seção de Religião do site.
Escrita - que permitiu às sociedades criarem seus próprios registros (memória/história) e a se comunicarem entre si. A escrita surge na Mesopotâmia pela primeira vez na história da Humanidade ao final do Período Posterior de Uruk, ou a cerca de 3.200 Antes da Nossa Era. O sistema é chamado de escrita cuneiforme (de cunha, em latim), ou impressões de um lápis ou caneta de junco sobre tábuas de argila.
MAPA GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA REGIÃO
Em termos geográficos, ao Sul temos a região conhecida como Suméria (Sumer no mapa), bem próxima ao Golfo Persico. Em nosso mapa, estão localizadas as importantes cidades de Uruk e Ur. Os períodos históricos que abordam a importância destas duas cidades está apresentado na seção História da Mesopotamia. Uruk é a cidade do herói do primeiro épico escrito na história da humanidade, o Épico/Epopéia de Gilgamesh. Seu período áureo está apresentado no ensaio Antes da Aurora da História na Mesopotâmia. Ur é a cidade de onde saiu o patriarca judeu Abraão, e seu período de apogeu é conhecido como Terceira Dinastia de Ur. A região central da Mesopotâmia é a região de Ágade e Babilônia, cujo apogeu começa com Sargão,o Acádio, o imperador que pela primeira vez une a Mesopotâmia do Sul, ou Suméria, e a Mesopotâmia Central (Ágade e Babilônia). Um dos grandes expoentes do período de dominação econômica e cultural da Babilônia é o rei Hamurabi, a ele sendo atribuído o código de leis mais famoso da Antigüidade até o surgimento do Direito Romano. O Código de Hamurábi pode ser encontrado na íntegra aqui, traduzido por Lishtar. A região ao Norte, cujo nome é Assíria, também é de grande importância, tendo na dinastia dos descendentes de Sargão II seus maiores expoentes. Visite a seção de História da Mesopotâmia para maiores detalhes, e não deixe de conferir a seção Legado desta grande civilização.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O 1º Wiccaniano



Gerald Brosseau Gardner (13 de junho de 1884 - 12 de fevereiro de 1964) era um funcionário público Inglês, antropologista amador, escritor, ocultista e Bruxo Tradicionalista , que publicou alguns dos textos de referência sobre a Wicca, a Religião da Bruxaria Pagã, da qual foi grande divulgador.


Vida
Gardner nasceu em Blundellands, perto de
Liverpool, Inglaterra. Sofria de asma desde tenra idade, pelo que a ama o levou em viagem pela Europa no inverno, onde conseguiu o primeiro emprego em uma plantação de chá
Em 1908 era plantador de borracha, primeiro em Borneo e depois na Malásia. Depois de 1923 tomou algumas posições de serviço civil como inspector na Malásia. Em 1936, com 52 anos, regressou à Inglaterra. Publicou o texto autoritário Keris and other Malay Weapons (1936), baseado na pesquisa sobre armas no sul Asiático e práticas de magia.
No regresso a Inglaterra adotou o
naturismo, e aprofundou o interesse pelo oculto. Aqueles que o conheciam no movimento pagão moderno, como Doreen Valiente, dizem que era um forte adepto da terapia através do sol.
Gardner publicou entretanto dois trabalhos de ficção:
A Goddess Arrives (1939) e High Magic's Aid (1949). Estes trabalhos foram seguidos de trabalhos já de investigação e portanto factuais: Witchcraft Today (1954) and The Meaning of Witchcraft (1959).
Gardner foi casado com uma mulher de nome Donna durante 33 anos, mas ela nunca fez parte das atividades neo-pagãs do marido.
Em
1964, depois de sofrer de um ataque cardíaco, Gardner morreu a bordo de um navio que regressava de Lebanon. Foi enterrado na Tunísia.

Wicca
Gardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de
bruxaria religiosa que ele acreditava ser uma continuação do Paganismo Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou Gardner como sendo Dorothy Clutterbuck no livro A Witches' Bible, escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foi baseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma mulher a quem ele chamava de "Old Dorothy". Ronald Hutton diz, no entanto, no livro Triumph of the Moon, que a tradição Gardneriana era largamente inspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e especialmente por uma mulher conhecida pelo nome mágico de "Dafo". O Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004), analisou as evidências documentais e concluiu que Aleister Crowley teve um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religião pagã.
Ruickbie, Hutton e outros também discutem a hipótese de muito do que foi publicado sobre a
Gardnerian Wicca, como a prática de Gardner se tornou conhecida, ter sido escrito por Doreen Valiente e Aleister Crowley.
O que se sabe é que ele fez a Bruxaria Wicca (principal caminho Neo-Pagão da atualidade) ser reconhecida como uma legítima Religião , e tendo feito apenas algumas atualizações e adaptações na "Antiga Religião" ao mundo moderno para isto.

Etimologia
Gardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como "Wica", ou "A Arte". Em Inglês Arcaico, "Wicca" é um nome relativamente obscuro, masculino, derivado do Latim "ariolus", i.e., "mago", enquanto "Wicce" é o feminino equivalente, derivado do Latim "phitonissa", i.e., "o possesso; como em
Pythia". O uso histórico da palavra "Wicca" como um tipo de religião não é etimologicamente possível. O termo verbal, em Inglês "wiccian", e que significa "praticar bruxaria", não aparece no material escrito por Gardner, e não é usado tipicamente na literatura sobre este movimento religioso. Ele ultilizou esta palavra porque em épocas remotas os "Bruxos" eram chamados as vezes por "wiccas" , os sábios.

Hidromel


Hidromel suave (não alcoólico) 1 litro de água, de preferência mineral 1 xícara de mel 1 limão fatiado 1/2 colher de chá de noz-moscada Ferva todos os ingredientes num recipiente não metálico. Enquanto ferve retire a "nata" com uma colher de pau. Quando não estiver mais soltando "nata", acrescente o seguinte: 1 pitada de sal Suco de meio limão Coe e deixe esfriar. Poção do Amor 1 litro de água 1 pedaço de canela em pau 3 colheres (sopa) de mel 1 punhado de pétalas de rosas de jardim (brancas ou cor-de-rosa) Na água fervente, coloque os outros ingredientes. Para quem está procurando um amor, ou quer manter o seu. Ofereça o chá para a pessoa que você quer conquistar, ou beba sozinho.

Jardim de Ervas para a cozinha


Fazendo um Jardim de Ervas para a Cozinha Pense na idéia de plantar ervas de uso culinário o mais perto possível da cozinha, para poder tirar uma ou duas flhas mesmo no escuro ou na chuva. Um jardim como esse não precisa ser grande. Meio metro basta para seis ervas muito usadas: manjericão, cebolinho, salsa, alecrim, tomilho e hortelã. Se quiser fazer um jardim maior, acrescente à lista aneto, orégano, louro, gerânio, segurelha e estragão; as duas últimas pela cor e aroma. Uma faixa estreita de terreno ao longo de uma parede é um excelente local para o jardim de ervas culinárias; o calor refletido torna mais intenso o sabor e o aroma das ervas que gostam de sol. Para criar um jardim definitivo, e muito fácil de cuidar, examine a possibilidade de plantar ervas entre os degraus de uma escada, entre os aros da roda de uma velha carroça, ou até mesmo entre a moldura envidraçada de uma pequena janela velha. Apóie a moldura de madeira com um ou dois tijolos sobrepostos e preencha cada espaço com a mistura de solo apropriada à erva a ser plantada ali. Para salsa, cebolinha, hortelã, segurelha e aneto, utilize terra enriquecida, cheia de húmus, e para a maioria das outras ervas, terra fofa e arenosa. A maioria das ervas culinárias, especialmente manjericão, cebolinho, aneto e sálvia, produzem folhas maiores e melhores quando aparadas. Se aparar demais, cave em volta e ponha um pouco de adubo ou acrescente, na próxima vez que for regar, um pouco de farinha de peixe, para estimular o novo crescimento.

Mãe Terra


Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, Pois é ela a doadora da vida. Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida, E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás. Saibas que o sangue que corre nas tuas veias Nasceu do sangue da tua Mãe Terra. O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela, Borbulha nos riachos das montanhas, Flui abundantemente nos rios das planícies. Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra. O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu E os sussurros das folhas da floresta. Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos, Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra, Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho, Como o ar tremelicante sustenta o pássaro. Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra, Ela está em ti e tu estás Nela. Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente. Segue portanto as suas leis, Pois teu alento é o alento Dela, Teu sangue o sangue Dela, Teus ossos os ossos Dela, Tua carne a carne Dela, Teus olhos e teus ouvidos são Dela também. Aquele que encontro a paz na sua Mãe Terra, Não morrerá jamais. Conhece esta paz na tua mente, Deseja esta paz ao teu coração, Realiza esta paz com o teu corpo.

Os Elementos


No passado, quando as pessoas viviam em conjunto com a natureza, o passar das estações e os ciclos lunares tinham um profundo impacto em cerimônias religiosas. Por ser a Lua vista como um símbolo da Deusa, cerimônias de adoração e magia aconteciam sob sua luz. A chegada do inverno, as primeiras atividades da primavera, o quente verão e a entrada do outono também eram marcadas por rituais. Os wiccanos, herdeiros das religiões pré-cristãs da Europa, ainda celebram a Lua cheia e observam as mudanças das estações. O calendário religioso wiccano possui treze celebrações de Lua Cheia e oito Sabbats, ou dias de poder. Quatro desses dias (ou melhor, noites) são determinados pelos solstícios e equinócios, o início astronômico das estações. Os outros quatro rituais baseiam-se em antigos festivais folclóricos (e, de certo modo, aqueles do Oriente Médio). Os rituais estruturam e ordenam o ano wiccano, além de nos lembrar do infinito ciclo que perdurará muito depois de partirmos. Quatro dos Sabbats - talvez os que há mais tempo são observados - eram provavelmente associados à agricultura e aos ciclos reprodutivos dos animais. São eles o Imbolc ou Candlemas (1° de Agosto), Beltane (31 de Outubro), Lughnasadh ou Lammas (2 de fevereiro) e Samhain (1 de maio). Estes são nomes celtas, muito comuns entre os wiccanos, apesar de existirem muitos outros. Quando a observação cuidadosa do céu levou a um conhecimento comum do ano astronômico, os solstícios e equinócios (por volta de 21 de março, 21 de junho, 21 de setembro e 21 de dezembro - as datas corretas variam de ano para ano) foram incorporados à estrutura religiosa. Quem foram os primeiros a cultuar e gerar energia nesses períodos? Esta questão não pode ser respondida. Entretanto, esses dias e noites sagrados são a origem dos 21 rituais wiccanos.